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Rogério Ceni e São Paulo: uma relação de 25 anos de amor

  • Fonte: Yahoo
  • 7 de set. de 2015
  • 3 min de leitura


‘Todos têm goleiro, mas só os são-paulinos têm Rogério’. O mantra da torcida do São Paulo reflete a importância de Rogério Ceni para a história do clube e da vida de cada um dos torcedores. O capitão tricolor deve encerrar a carreira no final desta temporada, mas neste 7 de setembro, ele completa 25 anos de um amor imensurável pelas cores branca, preta e vermelha. Recordes foram quebrados, derrotas machucaram, vitórias o colocaram como mito de uma nação. Títulos imortalizam uma carreira de dedicação e entrega pelo clube. Após fazer um teste no dia anterior, Rogério Ceni foi contratado pelo São Paulo em 7 de setembro de 1990. Os são-paulinos e o goleiro jamais imaginariam como a data seria lembrada no futuro. O começo foi promissor. Um título da Copa São Paulo de Futebol Juniores em cima do Corinthians, em 1993. Porém, com a saída de Zetti e algumas frases fortes de Ceni, a relação no time profissional não começou tão bem. Quatro anos depois da conquista, o primeiro gol. 15 de fevereiro de 1997. O coração tricolor começou a ficar apaixonado pelo jovem, mas os erros e o excesso nas palavras atrapalhavam o início. Em 1998 e 2000, os títulos do Paulista empolgavam os torcedores, mas a sombra de um ídolo maior - Raí - impedia que a adoração fosse maior. Em 2001, a quase separação. Uma proposta - ou uma sondagem - de um clube mais rico e famoso no mundo, o Arsenal, quase impediu a história de ser escrita. Ceni levou 29 dias de suspensão e cogitou deixar o clube. Realmente, o São Paulo já não era um amor tão atraente. Faltavam títulos, bons times e a excessiva mudança de técnico prejudicava. Rogério é um goleiro de forte personalidade, não economizava nas declarações. As farpas entre o presidente Paulo Amaral e o goleiro ficaram marcadas. O mandatário afirmava que Ceni pediu um aumento de R$ 50 mil, Rogério garantia que tinha uma proposta em mãos e exigia uma retratação pública. Porém, como um amor verdadeiro, nenhuma das partes desistiu.



A sequência de anos complicados seguiu. 2004 foi o principal deles. Eliminação na Libertadores, questionamento contra Rogério e uma falha contra o Palmeiras. Nada parecia dar certo e um rompimento futuro parecia pronto para acontecer. Para a sorte dos tricolores, isto não aconteceu. Chegou 2005. O ano da redenção. ‘Para não dizer que eu ganhei um título na reserva. Esta é para ficar na história’. Esta frase completou a noite de 14 de julho daquele ano. O tricampeonato da Libertadores elevou Ceni para um outro patamar. A atuação contra o Liverpool? Deixou Rogério no panteão de ídolos do São Paulo. Defesas impossíveis, históricas e o tricampeonato mundial. Outro tricampeonato iria colocar o capitão como M1TO do São Paulo. O Brasileirão foi dominado pelo Tricolor em 2006, 2007 e 2008. A dupla Rogério Ceni e Muricy Ramalho realizou o sonho dos são-paulinos. Depois de dominar o mundo, o time controlava o campeonato nacional. Além disto, o camisa 01 virou o maior goleiro artilheiro do mundo com 63 gols. Lembra daquele amor que ficou resignado, até triste? Então, ele ficou fervente após tantas conquistas. Rogério mostrou ser um goleiro raro, que tem uma relação raríssima com o clube - nos tempos atuais. As conquistas ficaram escassas no Morumbi. A Libertadores aumentou o tempo de Rogério no clube. A aposentadoria que viria em 2013, foi adiada para 2014 e vai acontecer na temporada. O 7 de setembro de 2015 inicia a despedida do capitão. Ninguém no São Paulo ousará falar qualquer palavra até Ceni resolver pendurar as luvas. O goleiro garante que deste ano não passa e que deseja seguir alguma função no clube. Para qualquer são-paulino, Rogério Ceni tem que ficar debaixo das traves e batendo pênaltis pela eternidade. E ficará.



 
 
 

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